sábado, setembro 25, 2010

PaparapapaPARA TUDO!

Você já foi num baile fanque? Eu já. Ontem. É bem verdade que tocou axé miusique antes. Mas depois teve baile fanque. É também bem verdade que antes tocou uma salsa colombiana. Mas depois virou baile fanque.

Juro!

Também não é mentira que tava tocando antes pagode - dos ruins: aqueles mix eletrônicos, e que tinha gente dançando aquilo como se fosse salsa. Mas depois, palavra de honra, teve fanque. É verdade que não foi no Andaraí, nem no Belford Roxo, nem num morro da zona norte do Rio de Janeiro. Foi no sul de Tel-Aviv, onde a única camiseta do Flamengo que eu vi era falsificada a ponto de nem ter o símbolo do CRF na frente. Mas era vermelha e preta, com um número 10 branco nas costas. E o dono da respectiva cantava os fanques junto com o MC.

Ah, é. Eu já ia chegar lá. Teve aquelas dancinhas de carnaval baiano, umas até bem velhas, mas depois veio o MC e com ele teve fanque.

E ele fancou em português e, quem diria, em hebraico também! Você já tinha ouvido fanque em hebraico? Pois eu nunca tive essa chance. Até ontem, quando o hino do Flamengo se misturou com uma retórica quase pornográfica sobre o arsenal do tráfico carioca e uma colocação ou outra sobre o Senhor Bom Deus, em hebraico e em português.

Eu pessoalmente não vejo muito problema em o Divino ser exaltado ao lado de AK-47 M-16, Glock, AR-15 e o Mengão. Já o Próprio, acho que não deve gostar muito.

Se gostou ou não, a única manifestação da ira do Divino que eu presenciei foi a temperatura da cerveja.

Pois é: Fanque carioca original já tem em Israel. Cerveja gelada que é bom, nem Deus consegue.