Comprando requeijão no shuck, uma mulher que estava do meu lado pagando pergunta:
- Isso é bom?
E eu respondi que era das 3 melhores coisas do mundo depois de sexo. Aliás, eu pensei em responder isso, mas só disse que é ótimo.
- Parecido com Philadelphia? - E vocês manjam Philadelphia, aquele queijo cuja propaganda mostra Paris, num fundo musical de New York, New York.
- Muito melhor.
- Quantos porcento de gordura?
- Algo como duzentos zilhões. Você pode praticamente sentir as artérias do coração se entupindo a cada mordida, o colesterol fluindo nas veias.
- Uhm! Parece bom. Acho que também vou comprar.
É isso aí, galera. Vamos aumentar a demanda para manter a oferta!
sexta-feira, maio 06, 2011
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terça-feira, outubro 12, 2010
Casamento católico com qualquer corporação.
Já tentou se desconectar de uma companhia de internet, telefone, ou qualquer outra grande corporação que cobra automaticamente do seu cartão de crédito?
(video produzido por mim online com ferramentas online. Spielberg, te cuida, mano!)
(video produzido por mim online com ferramentas online. Spielberg, te cuida, mano!)
sábado, setembro 25, 2010
PaparapapaPARA TUDO!
Você já foi num baile fanque? Eu já. Ontem. É bem verdade que tocou axé miusique antes. Mas depois teve baile fanque. É também bem verdade que antes tocou uma salsa colombiana. Mas depois virou baile fanque.
Juro!
Também não é mentira que tava tocando antes pagode - dos ruins: aqueles mix eletrônicos, e que tinha gente dançando aquilo como se fosse salsa. Mas depois, palavra de honra, teve fanque. É verdade que não foi no Andaraí, nem no Belford Roxo, nem num morro da zona norte do Rio de Janeiro. Foi no sul de Tel-Aviv, onde a única camiseta do Flamengo que eu vi era falsificada a ponto de nem ter o símbolo do CRF na frente. Mas era vermelha e preta, com um número 10 branco nas costas. E o dono da respectiva cantava os fanques junto com o MC.
Ah, é. Eu já ia chegar lá. Teve aquelas dancinhas de carnaval baiano, umas até bem velhas, mas depois veio o MC e com ele teve fanque.
E ele fancou em português e, quem diria, em hebraico também! Você já tinha ouvido fanque em hebraico? Pois eu nunca tive essa chance. Até ontem, quando o hino do Flamengo se misturou com uma retórica quase pornográfica sobre o arsenal do tráfico carioca e uma colocação ou outra sobre o Senhor Bom Deus, em hebraico e em português.
Eu pessoalmente não vejo muito problema em o Divino ser exaltado ao lado de AK-47 M-16, Glock, AR-15 e o Mengão. Já o Próprio, acho que não deve gostar muito.
Se gostou ou não, a única manifestação da ira do Divino que eu presenciei foi a temperatura da cerveja.
Pois é: Fanque carioca original já tem em Israel. Cerveja gelada que é bom, nem Deus consegue.
domingo, agosto 22, 2010
Enroladus Lex, sed lex!
De um documento do juiz do Juizado especial de Curitiba que minha irmã trouxe:
"No caso em disceptação, ressumbrados os argumentos inseridos na peça limiar e em gavinha com a documentação que a ilustre, o beneplácito colimado nesta ensancha merece o tugúrio da lei, pois a peça limiar pode ser aceita como prova inequívoca exigida pelo artigo alhures invocado, demonstrando que a reclamada maliciosamente e em flagrante descompasso com o que prevê a legislação em vigor [...]"
"Na controvérsia em realce, neste ensejo de cognição absolutamente sumária, dealba pelas assertivas da autora e pelos documentos colacionados nos autos [...]"
quarta-feira, agosto 18, 2010
Meu sobrinho sabe Photoshop
Digamos que o diretor de uma enorme montadora de aviões precise de um novo modelo de turbina. Para desenvolver o projeto, ele cria um concurso online e dá um prêmio em dinheiro para a turbina vencedora. Aí ele escolhe entre os projetos enviados e faz a tal da turbina.
Você voaria num avião desenhado desta maneira? Nem eu. E é por isso que não existem concursos deste naipe pelo mundo afora.
No entanto, parece que com desenho industrial e desenho gráfico a coisa é diferente: não é necessário encontrar um profissional da área, não é necessário este profissional compreender o projeto a fundo, nem sequer usar ferramentas sérias. Basta abrir um concurso com prêmio em dinheiro (que normalmente é bem abaixo dos reais custos do projeto) e afirmar por aí que o verdadeiro prêmio para o vencedor é receber o devido crédito - que teoricamente vai catapultar a carreira do dito designer para as alturas.
Li hoje a matéria do caderno Link do Estadão em que Guy Kawasaki explica (orgulhoso) que é exatamente assim que vai fazer a capa do seu próximo livro.
“Pelo método tradicional, a minha editora contrataria uma empresa, que me apresentaria seis ou sete opções de capa, e eu escolheria uma. No CrowdSpring, tenho 4 mil opções”, disse Kawasaki ao Link.“Mesmo que alguns designers critiquem essa prática, alegando os outros 3.999 designers que perderem a competição terão desperdiçado sua força de trabalho, eu por acaso discordo dessa visão. Eu adoraria, por exemplo, que um jovem, recém-formado designer brasileiro, ganhasse o prêmio. Daria a ele a visibilidade necessária para lançar sua carreira.”
É óbvio que ele discorda dessa visão! Vai estar pagando 1000 dólares por algo de 5 a 10 horas vezes 4000 designers. Façam as contas.
"Ah!" ele afirma "mas o felizardo vai ter visibilidade necessária para lançar sua carreira". Para isso a resposta é um NÃO bem redondo. Essa é uma premissa que existe na cabeça especialmente de quem não conhece o ramo. Não é um trabalho que vai lançar um designer - por mais que seja isso que ele (o jovem designer) espere que vai acontecer. É necessário bastante visibilidade sim. Mas é algo que se constrói ao longo de uma carreira. Faz parte da própria carreira.
Vamos fingir então que todos os designers que mandaram seus trabalhos sejam igualmente competentes. Neste caso, a chance de cada um ganhar o prêmio é de 1/4000. Se o valor é de 1000 dólares, isso significa que trata-se de um investimento cujo retorno deve ser de 25 centavos em média. Se o trabalho em geral neste tipo de concurso é algo entre 5 e 10 horas (tomemos 7.5 como referência), cada designer estará trabalhando para ganhar 3 centavos por hora. Para valer à pena, a tal "visibilidade" que o tal internético promete em sua entrevista, deve valer muito.
Ele também acha lindo maravilhoso que terá 4000 diferente modelos de capas para escolher. Desenho industrial e desenho gráfico significa, acima de tudo, tomar decisões. Se ele tiver que escolher entre 4000 trabalhos, na verdade, seria melhor que jogasse aleatoriamente imagens em sua tela e escolhesse uma delas do que pagar 1000 dólares pelo concurso. Ou, poderia contratar um designer gráfico competente para escolher um dos 4000 trabalhos. O que seria bastante contraproducente, já que toda a idéia é não contratar um designer.
Agora, ele poderia fazer como vários quase-clientes meus, logo que recebem meu orçamento: "Ah! Tenho um sobrinho que sabe Photoshop, vou dar para ele fazer" - o que é o equivalente, no caso da turbina: "Ah! Tenho um sobrinho que sabe Autocad, vou dar para ele fazer"
É que as pessoas acham que design é apenas estética e uso de computador para desenhar. Comunicação visual não existe. Mensagem subliminar, linguagem gráfica, nada disso existe.
Ninguém fica achando que desenhar uma turbina exige apenas conhecimento de solda de alumínio e um programa de CAD.
Fazer a capa de um livro exige conhecer o mercado do livro específico, entender a mensagem do livro, absorver os interesses editoriais tanto da editora quanto do autor, compreender a linguagem gráfica de livros análogos e afins. No final das contas, depois de MUITO trabalho, vai-se ao computador (ou às vezes à prancheta mesmo).
E depois, você ainda pode ganhar um milhão de dólares se o cliente não vier pedindo alterações nas cores ou nas linhas, baseado apenas em sua opinião e gosto pessoal.
Eu nunca vi o dono de uma empresa dizer para um engenheiro que a turbina precisa ter uma outra curva, ou ter um compressor com menos pás, porque era assim que ele imagina que as coisas devam ser.
terça-feira, agosto 03, 2010
E quando voce menos espera: nada de novo - Antissemitismo Internético
Passo aqui o link para uma matéria assinada pelo meu amigo Gabriel Toueg no site do Terra, sobre os pais de Gilad Shalit. Chamo a atenção, no entanto, para a caixa de comentários que, no Terra, ao contrário de outros portais, não é moderada.
Entrem, dêem uma olhada e concluam tudo que vocês quiserem por conta própria. Eu não vou me dignar a adicionar adjetivos ou colocações, por desnecessário e dolorido.
Mas advirto aos incautos: é conteúdo extremamente chocante.
sexta-feira, julho 30, 2010
Seja Ars, Seja Feliz!
(Por favor, para entrar no clima do post, clique play no vídeo abaixo antes de seguir lendo. Obrigado)
Ah! Os Arsim. Tanto de Israel cantado em versos e prosa, exaltado pela cultura popular e erudita e tão pouco é dito sobre este ícone da personalidade israelense: o Ars.
Sociólogos se perguntam se o Ars é um subproduto da sociedade ou sua razão de ser - como se fizesse qualquer diferença decidir o que veio antes; o ovo ou a galinha.
Existem basicamente dois tipos de Arsim. Há o Ars que nega sua condição de Ars, e o que a exalta. O primeiro tipo vai usar as roupas mais caras de que já ouviu falar. Mesmo que uma coisa não combine muito com a outra. É um quase metrosexual, mas provavelmente cuida tanto dos cabelos do peito quanto os da cabeça, deixando todos devidamente visíveis (e oxigenados). O Ars de negação vai ouvir musica oriental bregamusic, mas só as que estão no main-stream. Ele provavelmente tem família em Rishon-Le'Tzion, mas faz questão de morar em Tel-Aviv. Tem uma namorada "séria", mas faz questão de ser conhecido como grande comedor.
Já o Ars que se exalta é o contrário: provavelmente está comendo várias, mas tanto ele quanto as ditas preferem negar a situação. Ele tem um vocabulário próprio que, por algum motivo fisiológico, não pode ser proferido abaixo de 160 decibéis (é curioso observar que, quando nervoso - isto é, 95% do tempo, este tipo de Ars justamente fala baixo e com pretensa calma). Na comunicação, este tipo de Ars fica completamente mudo se não puder usar o corpo inteiro (especialmente as mãos) para dizer o que quer. Veste-se de maneira casual com uma camiseta regata e calça velha. Nos velhos, a calça deixa aparecer o cofrinho. Nos jovens, deixa aparecer a cueca - que aliás, é o que usam na praia.
Ambos tem o mesmo gosto culinário: comida da mãe, shawarma e faláfel. A diferença está no método de comer sementinhas de girassol. Um joga tudo empilhado no chão mesmo numa bonita montanha. O outro espalha as sementinhas por um espaço mais amplo.
Posicionamento político: conservador. Posicionamento religioso: conservador. Posicionamento social sexual: depende. Na verdade, são ambos bastiões do machismo conservador, mas o primeiro tipo, o Ars de negação, vai dizer que é liberal prá caramba, e vai explicar que os grilhões que põe na mulher na frente do tanque é pelo bem dela, para não se perder pela casa.
Moshik Afia; Exemplo de Ars exaltado travestido de Ars discreto
Nos últimos anos, imitando o movimento Black-Power dos EUA nos anos 70, quando o slogan era "Black is Beutiful", entrou na moda em Israel o "Ars is cool". Não que não fosse fato conhecido tanto do povo quanto dos meios acadêmicos que, um pouco de Ars, quase todo israelense tem. Ser Ars agora está na moda. É in, é fashion. E daí vem agora esse povo que põem humus em tudo que é comida festejar sua Arsitute colocando neon roxo debaixo do carro (o Arsmobile), pendurando uma Hamsa no espelho, ouvindo Shlomi Saranga (do vídeo lá de cima) no máximo volume e - não só achar que está abafando, mas efetivamente estar.
Estudo científico de campo sobre os Arsim.
Ah! Os Arsim. Tanto de Israel cantado em versos e prosa, exaltado pela cultura popular e erudita e tão pouco é dito sobre este ícone da personalidade israelense: o Ars.
Sociólogos se perguntam se o Ars é um subproduto da sociedade ou sua razão de ser - como se fizesse qualquer diferença decidir o que veio antes; o ovo ou a galinha.
Existem basicamente dois tipos de Arsim. Há o Ars que nega sua condição de Ars, e o que a exalta. O primeiro tipo vai usar as roupas mais caras de que já ouviu falar. Mesmo que uma coisa não combine muito com a outra. É um quase metrosexual, mas provavelmente cuida tanto dos cabelos do peito quanto os da cabeça, deixando todos devidamente visíveis (e oxigenados). O Ars de negação vai ouvir musica oriental bregamusic, mas só as que estão no main-stream. Ele provavelmente tem família em Rishon-Le'Tzion, mas faz questão de morar em Tel-Aviv. Tem uma namorada "séria", mas faz questão de ser conhecido como grande comedor.
Já o Ars que se exalta é o contrário: provavelmente está comendo várias, mas tanto ele quanto as ditas preferem negar a situação. Ele tem um vocabulário próprio que, por algum motivo fisiológico, não pode ser proferido abaixo de 160 decibéis (é curioso observar que, quando nervoso - isto é, 95% do tempo, este tipo de Ars justamente fala baixo e com pretensa calma). Na comunicação, este tipo de Ars fica completamente mudo se não puder usar o corpo inteiro (especialmente as mãos) para dizer o que quer. Veste-se de maneira casual com uma camiseta regata e calça velha. Nos velhos, a calça deixa aparecer o cofrinho. Nos jovens, deixa aparecer a cueca - que aliás, é o que usam na praia.
Ambos tem o mesmo gosto culinário: comida da mãe, shawarma e faláfel. A diferença está no método de comer sementinhas de girassol. Um joga tudo empilhado no chão mesmo numa bonita montanha. O outro espalha as sementinhas por um espaço mais amplo.
Posicionamento político: conservador. Posicionamento religioso: conservador. Posicionamento social sexual: depende. Na verdade, são ambos bastiões do machismo conservador, mas o primeiro tipo, o Ars de negação, vai dizer que é liberal prá caramba, e vai explicar que os grilhões que põe na mulher na frente do tanque é pelo bem dela, para não se perder pela casa.
Moshik Afia; Exemplo de Ars exaltado travestido de Ars discreto
Nos últimos anos, imitando o movimento Black-Power dos EUA nos anos 70, quando o slogan era "Black is Beutiful", entrou na moda em Israel o "Ars is cool". Não que não fosse fato conhecido tanto do povo quanto dos meios acadêmicos que, um pouco de Ars, quase todo israelense tem. Ser Ars agora está na moda. É in, é fashion. E daí vem agora esse povo que põem humus em tudo que é comida festejar sua Arsitute colocando neon roxo debaixo do carro (o Arsmobile), pendurando uma Hamsa no espelho, ouvindo Shlomi Saranga (do vídeo lá de cima) no máximo volume e - não só achar que está abafando, mas efetivamente estar.
Estudo científico de campo sobre os Arsim.
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